Envelheci a esperar o eterno
E o tempo rápido e num véu ligeiro
Passou voando lépido e fagueiro
E eu na estrada do meu triste inverno
Enquanto fabricava a nau do sonho
E nela me perdia e me encontrava
O mundo, num mergulho atroz, medonho
Sorria, e me envolvia e me levava.
E assim a mergulhar pelo infinito
Compreendi à luz do transitório
O quanto em mim é mente e o que é sensório
E o quanto tem de belo no que fito.
E de repente o ser humano aflito
Acalma ao ver passar o que não volta
E deixa a mancha negra da derrota
Sumir no rastro denso do seu grito
Teresopolis 27/02/2013
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